quarta-feira, 13 de agosto de 2008

4 de agosto - Tromso, Noruega





Já me perdi nos dias e desisti de escrever sobre cada detalhe do que tenho vivido aqui. Talvez seja um pouco confuso para vocês entenderem, mas são muitas emoções ao mesmo tempo. Uma vida nova, novas pessoas que tenho que conviver, a saudade da terra firme, dos amigos para tomar uma Polar, da mãe para fazer um chocolate quente. Há cerca uma semana atrás comecei a ficar meio triste, pensativa. Que diabos estou fazendo aqui?! E percebi que tristeza não é a palavra certa para descrever tudo isso. O que sinto é alegria, felicidade, uma realização pessoal e profissional que não tem explicação. Aos poucos tenho me sentido mais a vontade para falar Inglês, tenho me permitido conhecer as pessoas. Nos primeiros dias eu não conseguia me reconhecer. Eu tava tão travada que nem espanhol eu conseguia falar, só arriscava no Inglês. Agora já estou mais segura para atender no balcão, para dar informações. Enfim, para fazer o meu trabalho, perguntar quando tenho dúvida. Sou uma pessoa com muita sorte, a equipe que estou trabalhando é maravilhosa, todos muito comprometidos e amigos, minha chefe é tri parceira para tudo! Tenho conhecidos pessoas especiais no navio. E tudo aqui é muito intenso, efêmero. Se começa uma amizade hoje na Rússia e amanhã na Noruega a pessoa desembarca, vai para casa, e quando volta de férias embarca em outro navio que está na Austrália. As histórias que eu tenho vistos e as fotos de pessoas que estão há tempos trabalhando a bordo são maravilhosas. Histórias de amor, aventuras, descobertas de cidades remotas. Agora estou acima do Círculo Polar Ártico, realmente bem longe de casa, com o coração tranqüilo, juntando histórias para voltar para o Brasil no verão louca de vontade de rever todos que amo. Ontem o navio parou em Tromso, na Noruega, e fiz um roteiro com o Johnny, o DJ, brasileiro, de São Paulo. Um amor de pessoa, nos divertimos muito, tomamos sorvete, vimos belas paisagens e tiramos muitas fotos. Sinto que as pessoas aqui são muito carentes e precisam do apoio uma das outras. E essa sensação é gostosa, porque você vai fazendo amigos, de uma forma diferente, sem criar expectativas, curtindo aquele segundo, confiando sem conhecer direito a pessoa. Enfim, estou feliz, não se preocupem. Nas fotos vista dos glaciares e a cidade de Tromso, com meu paisano Johnny.

2 comentários:

Flavia disse...

Puxa, só de olhar dá mais frio ainda!
Espero que a baiana não vire pingüim e aproveite bastante para ter mais algumas coisinhas para nos contar.
Ah, tá com saudade do nosso inverninho?
Beijinhos em flocos de neve e abraço de urso polar.

Unknown disse...

ATUALIZAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA



SAUDADESSSSS BEIJOSSSSSSSSSSS