sábado, 28 de março de 2009

29 de março







A festa grega tava muito sem graça, pouca gente, muita chata... E no outro dia eu tava podre de cansada porque fui duas noites seguidas para o Crew Bar e não dormi muito. Só passei para dar um oi, não estou com muita inspiração para escrever. Depois de uns 20 dias a bordo já estou 100% segura com o novo itinerário, está tudo ótimo no trabalho. Novidades se aproximam, anúncios serão feitos em breve. Sem mais no momento, seguem algumas fotos! Ruínas Maias e o mar em Tulum, México e uma arraia em Grand Cayman...

Caminho das Índias?! - 25 de Março de 2009

Festa indiana... Uma loucura! Sem dúvida alguma a festa mais animada de qualquer navio para os funcionários. Filipino e indiano é o que mais tem nesses navios de cruzeiro, mas só os indianos conseguem animar tanto a galera. Só homens, as mulheres indianas a bordo são minoria das minorias, os caras dançam como loucos, muito divertido. Sabe a abertura da novela Caminho das Índias? Imagina um monte deles juntos num bar dançando daquele jeito... Foi assim que no contrato passado me apaixonei pelo Pushpak, Pesque e Pague, Backpack ou como queiram chamar! Foram 3 meses (contrato de experiência) inesquecíveis, talvez os mais intensos até hoje. Os indianos são românticos, envolventes... E esse, ao contrário dos que muitos dizem, tomava de 4 a 5 banhos por dia. Ele era bem cheiroso e gatinho! O Raj e a brasileira da novela não deixam nada a desejar para a nossa história. Promessas, juras de amor, eu estava até empolgada. Há quem diga que via isso nos meus olhos, que eu parecia diferente. O guri mexeu comigo! Mas aí eu voltei para o Brasil, caí a real e ele sumiu! Embarquei novamente, ele também, mas agora em navios diferentes. A história de amor acabou, porque finalmente eu me dei conta que isso não ia parar em lugar algum! As pessoas me perguntavam se a família dele era igual as da novela, e até então eu acreditava que não... Agora, já não me interessa mais saber. A gente continua se falando, mas agora como bons e apenas bons amigos. De tudo, ficou a lição de que Brasileira + Indiano, não pode dar certo... Eles se encantam com o jeito extrovertido da brasileira e elas se apaixonam pelo romantismo do indiano, mas são culturas muito diferentes para se chegar a um acordo. Como já disse anteriormente, esse intercâmbio cultural é muito bom, mas no fim das contas, o bom mesmo é voltar para casa e encontrar os brasileiros, mulheregos, charmosos, envolventes, malandros. Pelo menos esses a gente sabe o que esperar e o que não esperar! Hoje ma festa me diverti muito, aquele meu amigo que fez feijão para mim me ensinou vários passos indianos, muito legal... Mas ele mesmo há alguns dias atrás estava me contando da realidade deles. Quando a gente começa a conviver com os indianos é impossível não se comover com o carinho e atenção que eles tem uns pelos outros, mas quando a poeira baixa e se pára a pensar que eles não usam papel higiênico (para quê, se Deus deu duas mãos? Uma para comer, outra para limpar?!), eles se casam com pessoas que não conhecem, glorificam a coitada da vaca, tão apreciada em nosso churrasquinho, entre outras coisas... Não estou julgando ninguém, que isso fique bem claro. Muitas vezes argumentei que talvez eles estejam mais certos do que nós, quem sabe?! Mas cultura, por mais que a convivência com o diferente influencie, ela fica marcada na gente, no sangue, na alma... E ninguém pode nos tirar isso. Amanhã, tem festa grega, ai meu Deus. Isso é perseguição? Talvez renda mais um comentário no blog... Agora vou dormir, amanhã tenho um longo dia em alto mar, no balcão com os hóspedes perguntado o que tem para fazer em Grand Cayman... Seven Mile Beach, snorkel, arraia, golfinho, submarino, parasailing, etc.

domingo, 22 de março de 2009

22 de março

Estou sea sick, mareada, enjoada... O navio está balançando demais hoje! Saímos ontem de Cozumel e chegaremos amanhã em Miami. Nesses últimos dias fiz várias excursões legais. Coloquei algumas fotos no Orkut, olhem lá! Quem não tiver Orkut e quiser ver as fotos me avisa que mando o link para vocês acessarem (juliana.meyer@yahoo.com.br). No cruzeiro passado conheci Ocho Rio na Jamaica. Nadei com golfinhos, uma experiência única. Eu tinha nadado com o golfinho Lucas em Malta no ano passado mas era numa piscina. Dessa vez foi no mar, tipo numa mini baía. Muito mais legal estar com os golfinhos em seu habitat natural! Eles são tão dóceis, inteligentes... Dei até beijo na “golfinha“!!! Depois da Jamaica voltamos para Grand Cayman, onde conheci melhor George Town. As ilhas Cayman são um paraíso fiscal, eles vivem dos bancos e do turismo. A água, como em todos os lugares pelo Caribe, é transparente... Lá tem uma formação rochosa que quando o sol bate parece o inferno, uma viagem! E por isso o nome do lugar é Hell! Fui até lá e mandei um cartão postal para a mãe e toda família Teixeira do Inferno = Hell. Passei pela frente de vários condomínios de luxo, inclusive um cujo o segundo andar todo é do Bill Gates. Só propriedades de gente bem humilde... De tarde fui nada com as arraias, num lugar cerca de meia hora afastada da praia, um banco de areia no meio do oceano, a coisa mais linda! As arraias vem, deixam a gente tocar nelas, fazem massagem nas costas das pessoas, uma loucura! Ai esse cruzeiro acabou, não consegui passear no dia que paramos em Miami, porque estava trabalhando, mas amanhã estaremos lá de novo e vou até o centro fazer umas comprinhas. Tenho que ir com dinheiro contado, porque tenho certeza que se levar muito dinheiro vou querer torrar tudo! E o objetivo desse contrato é gastar menos, juntar dinheiro e aproveitar as excursões que posso fazer de graça. Esse cruzeiro que estamos agora é só de quatro dias, o mesmo itinerário do cruzeiro que fiz com o pai: Miami, Key West e Cozumel. Em Key West fiz um passeio de trem para conhecer toda cidade e depois fiz uma degustação de comidas típicas, pimenta, frutos do mar e torta de limão, um delícia. Key West é super charmosa, as pessoas são alegres, o lugar tem uma energia legal. Ontem estava no México! O navio parou na ilha de Cozumel e de lá peguei um ferry, que balançava tanto quanto o catamarã que vai para Morro de São Paulo, até Playa Del Carmen. Mais 45 minutos até Tulum, do lado oposto de Cancun e cheguei nas ruínas Maias. O guia era ótimo, deu uma aula de história mostrando as ruínas e explicando sobre a cultura estranha dos Maias. A vista do alto onde eles construíram sua “cidade” é linda, as pedras, o mar de água cristalina... De lá parti com o grupo para uma praia super tranqüila, onde comi comida mexicana, mas mexicana de verdade, feita no México! Tão bom... Estava rolando um casamento na beira da praia, tipo aqueles que toda guria sonha em ter, a decoração toda branca, os padrinhos com flores tropicais na roupa, os noivos com cara de apaixonados, super romântico. Claro que eram todos americanos, cheios do dinheiro, Imagina eu querer casar no Caribe, ia ter que fretar uns dois aviões para levar toda a família e os amigos juntos... Um casamento na igreja ali da Santa Flora é mais próximo da minha realidade, neh?! Voltei para Cozumel já de noite, os bares bombando, gente jovem, bonita, animada. Deu uma vontade de ficar por lá! Próxima vez que for a Cozumel quero ir para uma dessas praias animadas. Hoje estamos em alto mar, dia difícil, o navio continua balançando e a sensação de enjôo não passa! Tenho olhado os meus e-mails e o Orkut, mas não consegui parar para responder decentemente a ninguém. Obrigada pelo carinho de todos. Hoje vi um e-mail de uma menina que não conheço que achou o meu blog. Muito legal, ela está indo trabalhar na mesmo posição que eu em navios e gostou do blog, dos meus desabafos. Eu adoro escrever, quem me conhece sabe, e é muito bom saber que pelo menos algumas pessoas gostam de ler o que sai dessa cabecinha confusa. Trabalhar a bordo me faz ter muito temo ocioso para pensar, me sinto sozinha, sem pessoas próximas para conversar. Escrever me acalma e ainda me permite compartilhar esse momentos que tenho vivido por aqui com aqueles que sentem a minha falta. Conheci uma America que é massagista no navio. Fomos nadar com os golfinhos juntas e depois disso andamos conversando por algumas horas. Apesar da empresa que trabalho ser America existem poucos americanos trabalhando a bordo e ela é uma. Talvez a America mais normal que eu tenha conhecido até hoje. Porque os outros que trabalham aqui são músicos meio alternativos, os dançarinos cheios de sim e com a cabeça oca... Essa menina é legal, falei para ela que as vezes me sentia um pouco sozinha e ela me deu toda uma explicação sobre porque os americanos e europeus são mais frios e os latinos mais queridos. Coisas que todo mundo já parou para pensar na vida, mas ouvir alguém falando disso me fez viajar e me fez ter certeza mais uma vez que não importa por onde eu ande, quantas culturas eu conheça, ser brasileiro não tem preço!

sábado, 14 de março de 2009

14 de Março de 2009




Hoje terminou o meu primeiro cruzeiro no Caribe... Mas nem deu tempo de respirar e já começou o seguinte! Estou em Miami novamente, depois de 5 dias por ai. Meu primeiro dia a bordo foi aquela loucura de sempre, acho que o primeiro dia é sempre o pior! Depois de horas esperando para entrar no navio, aquela demora para receber e entregar documentos, uniforme, assinar contrato, etc. Pelo menos dessa vez eu tenho um quarto, e é o mesmo de quando eu estava aqui antes: cabine 4336! Agora não tem a Inge, minha ex colega holandesa, estou sozinha no meu quarto. Já arrumei as fotos na parede, coloquei uma canga com a bandeira do Brasil bem grande na entrada da “minha casa”, ficou bem bonitinho. A minha chefe é aquela canadense, minha primeira gerente a bordo, meus colegas por enquanto são apenas dois, uma guria da República Tcheca que eu já conhecia daqui e um cara de St. Vicent. Trabalhar como Shorex no Caribe é uma maravilha, cruzeiros de 5 dias, poucos dias em alto mar, poucas horas no balcão atendendo e muitos, muitos tours que podemos fazer. O trabalho é compensado pelas horas livres. Meu primeiro dia em porto foi em Key West, mas não pude sair porque só hoje recebi um documento especial que me permite sair nos portos americanos. Como não pude passear, fui para a área aberta dos funcionários curtir um sol e ler sobre as muitas e muitas excursões que vendemos. Estou quase negra, depois de quase duas semanas em Santa, um dia inteiro tostando no Rio, agora o Caribe.. Eu tô muito chique mesmo! Nesse mesmo dia do sol fui tomar um drinque com os colegas trabalho. Revi muita gente que estava aqui antes, gente que continua desde que eu sai, gente que foi de férias e já voltou... Inclusive o grego... E aquele indiano que fazia feijão para mim! As más línguas dizem que o grego está namorando com duas! Acho que traumatizei o coitado! Mas nesse dia ele tava lá no bar sozinho, todo faceiro! Homens, homens, são todos iguais, em qualquer lugar do mundo! Sabe de uma coisa, bom mesmo são os brasileiros! Curti o Crew Bar nesse dia até tarde, foi a única noite que fiz festa, desde então só tenho dormido no meu quartinho super aconchegante, bem escurinho, sem barulho... Meus dias tem sido corridos, porque tenho muito o que ler e aprender sobre os portos, mas o trabalho em sim não é muito puxado não! No segundo dia que paramos foi a vez de Grand Cayman. Dessa vez eu pude sair! Comecei a trabalhar às 6h30min, tive treinamento das 10h às 11h e às 12h fui para o meu primeiro passeio do dia, num semi-submarino, muito show! Depois peguei um outro barco e consegui ver muitos peixinhos e dois barcos naufragados com snorkel. As excursões no Caribe são assim, muito legais: aventura, água, floresta, esportes radicais... Hoje quando o barco saiu de Miami consegui ver toda a área no entorno do porto... Miami Bay, so beautiful. Não sei se o pai vai lembrar, mas uqando estivemos aqui juntos a passeio há 11 anos atrás me apaixonei por um prédio rosa e azul, até hoje não sei que o que tem dentro desse prédio. Coisa de criança, mas nunca o esqueci... E hoje finalmente consegui vê-lo, tão lindo! Continua ali, no mesmo lugar! Vocês lembram que eu sempre dizia que na minha empresa só tem terceira idade, os cruzeiros são bem tranqüilos, blá blá blá?! Pois é, aqui no Caribe as coisas são diferentes, muitos jovens, tipo gente que acabou de entrar na faculdade, entre 18 e 21 anos. Eles pagam baratinho pelo cruzeiro e bebem todas quando param nos portos, porque nos USA e a bordo eles não podem beber... Tinha guria bêbada dançando até o chão na frente do segurança, gente gritando pelo navio, pessoas de biquíni nas áreas sociais, uma loucura! Parecia o Bar do Zado... E eu bem serinha trabalhando, irreconhecível! Ficamos aqui pelo Caribe até fim de Abril, depois: rumo a Europa! Vou curtir esses dias de trabalho mais light, porque em Maio vão arrancar meu coro, meu corinho! Eu amo meu trabalho, essa vida loca é uma experiência única, mas sinto uma saudade da vidinha normal em Porto Alegre... Um dia eu volto para realidade, por enquanto fico por aqui, nessa vida de marinheira. “Ahhh se eu fosse marinheiro... Não pensaria em dinheiro... Um amor em cada porto...”

segunda-feira, 9 de março de 2009

De volta!


Voltei! Tentarei escrever com mais frequência… Depois de dois meses maravilhosos de férias estou novamente embarcada. Quer dizer, não embarquei ainda, estou no Terminal de passageiros do Porto de Miami, ao lado do meu navio… esperando me liberarem. Vou tentar fazer uma retrospectiva do que aconteceu nos últimos meses. Eu estava no Century, onde fiquei cinco meses e fiz os itinerários do Báltico (Norte da Europa) e Mediterrâneo. Em dezembro fui transferida para o Infinity, que estava começando a temporada na América do Sul (Costa do Pacífico). Dia 4 de janeiro desembarquei em Buenos Aires e ai as férias insanas da JuBa começaram. Eu não poderia ter desembarcado em um lugar melhor. Sempre quis conhecer Buenos Aires, então aproveitei a oportunidade e passei mais um dia por lá. Peguei a “Linha Turismo” argentina, um ônibus cortado pela metade, de um andar só, bem estranho... Mas o passeio foi ótimo, conheci os principais pontos da cidade, andei de um lado para o outro e depois disso fui para o aeroporto pegar meu vôo rumo a Porto Alegre. Voltar para casa depois de seis meses é muito bom, mas no meio do caminho, quando me dei conta que aquela pessoa que mais gostava de me buscar no aeroporto não estaria lá... As lágrimas caíram... Meu vô querido agora anda viajando comigo, lá de cima me cuidando. Como diz o Keko, agora a gente reza pro vô Claro e ele tem contato direto com o homem lá em cima. Desembarquei e encontrei uma mãe magrinha e louca de faceira por me ver, uma vó gostosa bem mais forte do que eu imaginava, uma família linda me esperando e as amigas mais especiais do mundo gritando no aeroporto. Cheguei meio aérea, perdida, confusa, mas feliz por tudo. Voltar para casa, rever quase todos, dormir, comer feijão preto... Tudo que o aconchego do lar e da mãe pode trazer. Passei uns dias em Porto Alegre e comecei a peregrinação. De 18 de janeiro a 2 de fevereiro curti Salvador, painho, a família baiana e os amigos da velha infância. Praia, sol, festinhas, casa de Nynye, tentativas de encontrar Ana, aparições no meio da noite na casa de Juanita, histórias de viagem na casa de Cândido e Cenise, sítio, carinhos da dinda Amélia e tia Luiza e, claro, o amor incondicional do meu paizão... Me levando para cima e para baixo com aqueles três álbuns da viagem que ele viu mil vezes cada um. Ufa, voltei para Porto Alegre! Alguns poucos dias por lá e partimos eu e Dona Adelina, ou seria vovó Adelina, rumo ao Pantanal. Dez dias de passeio, Campo Grande, Corumbá, Miranda e Bonito, no Mato Grosso do Sul, e Foz do Iguaçu, no Paraná. Dias inesquecíveis com a minha super mãe, fomos mordidas por mosquitos, vimos muitos jacarés, tuiuiús e outras espécies típicas do Pantanal, fizemos amizades, atravessamos a Transpantaneira, curtimos cada segundo em Bonito (com direito a rafting, flutuação, bóiacross e trilha em gruta) e para fechar com chave de ouro essa viagem... Foz do Iguaçu. Itaipu é muito interessante, um atrativo turístico pronto! E as cataratas, ai as cataratas... Deus existe e é impossível não se emocionar e rezar uma Ave Maria em agradecimento por estar ali. Calma, ainda não terminou... Muitas emoções me esperavam! Voltamos num domingo para Porto Alegre e na sexta seguinte já estava no Fred (o carro da Fê) com as mongas rumo a Ferrugem, Santa Catarina. JuBa, Jú, Camile, Fê e Mara... Elas balançam mais não param! Dez dias na praia, no Zado, com os cariocas, santistas, paulistas, gaúchos, americanos, uruguaios, argentinos... uma diversidade cultural deliciosa. Tínhamos o animador de festa e cozinheiro Flávio, o rodo e bebum Keko, o perigoso Pateta, o casal revelação Kelly e Beavy’s e as gurias do quarto do lado. No domingo pós carnaval todos voltaram para Porto Alegre, mas a JuBa, que sempre balança mais não pára, foi para Florianópolis encontrar o vizinho, também conhecido como Renato, o santista que mora em Floripa e é a coisa mais querida desse mundo! Praia Mole, festa gay, bebedeira, almoço, praia, passeio de ônibus (Linha Turismo), surpresas, dias tão gostosos... Fui visitar a Luiza em Jurerê, após nosso encontro em Barcelona. Onde será que essas duas vão se encontrar na próxima vez? São Paulo ou Itália? Façam suas apostas! Isso não vai terminar nunca... É que resumir dois meses de férias em um texto é difícil mesmo. Então acho que está na hora disso terminar (ou começar)! Estava eu escolhendo o biquíni e a praia para ir em Floripa numa quarta-feira de sol quando toca o celular. Era a pessoa responsável pela minha escala de trabalho perguntando se eu poderia embarcar, tipo para ontem... Eu queria tanto embarcar em março que Papai do Céu ouviu as minhas preces! Voltei para Porto Alegre as pressas, arrumei as malas, curti a família, me despedi de quase todos, fui na Secretaria de Turismo rever e me despedir dos antigos colegas e em 48 horas eu estava pronta para embarcar. Claro que antes fiz uma paradinha estratégica no Rio de Janeiro para rever a Lelê e o Edu Taborda. Tão bom reencontrar amigos, ainda mais quando uma certa amiga precisava de mim... e ela ainda mora na Barra em frente ao mar! Sábado com a Lelê, domingo com o Edu, o amigo mais sem juízo desse mundo. Ele preparou um roteirinho básico para mim! Passeio de barco da Marina da Glória até Copacabana com direito a banho de mar na Praia Vermelha. Depois subimos o primeiro Bondinho do Pão de Açúcar quando ele me perguntou “Na ida ou na volta?”, e eu bem sem noção disse “Na ida!”. Ele me puxou pela mão e quando vi eu já estava dentro do helicóptero. Sim, isso mesmo, dentro de um helicóptero! Eu sempre disse que o Rio é a cidade mais linda do mundo, que vê-La do alto deveria ser lindo... Mas, nunca, nunca na minha vida eu pensei em fazer isso! Sem palavras para descrever tanta beleza, tanta emoção. Edu, obrigada! Obrigada também a TODOS que fizeram desses dois meses as melhores férias da minha vida. Hoje tenho certeza, mais do que nunca, que o mundo é muito pequeno, basta querer que podemos ter tudo nessa vida. Viajar é uma delícia, mas o melhor é o retorno, quando a gente pode matar a SAUDADE, voltar para casa e ter a certeza que o canto da gente está ali, esperando pela gente. Amo todos vocês que fazem parte da minha vida, os que aqui foram ou não citados (eu precisaria de um dia para escrever o nome de todos)... Depois de escrever tudo isso continuo aqui sentadinha no Terminal do Porto de Miami. Foram oito horas de vôo, quase uma hora na imigração e acho que umas quatro horas me esperam até eu conseguir entrar no navio. Um comentário... Quando a gente desembarca e fica na fila da imigração temos que ouvir uma musiquinha daquelas de filme de aventura com um vídeo de boas-vindas e imagens dos Estados Unidos. Me senti a Sol daquela novela, desbravando o mundo, entrando na “América”. Que musiquinha mais terrível. Eles querem mesmo que a gente se sinta muito feliz por estar adentrando o território do melhor povo do mundo, os americanos... Coitados, não têm idéia do que é um país de verdade, com gente maravilhosa, o Brasil da alegria, minha casa... para sempre! Respondendo a pergunta que não quer calar, vou embarcar no Century, meu primeiro navio, fazer o fim da temporada no Caribe, com direito a Cozumel, Jamaica, Key West e Grand Cayman. Mais informações no decorrer dessa aventura.