domingo, 22 de março de 2009

22 de março

Estou sea sick, mareada, enjoada... O navio está balançando demais hoje! Saímos ontem de Cozumel e chegaremos amanhã em Miami. Nesses últimos dias fiz várias excursões legais. Coloquei algumas fotos no Orkut, olhem lá! Quem não tiver Orkut e quiser ver as fotos me avisa que mando o link para vocês acessarem (juliana.meyer@yahoo.com.br). No cruzeiro passado conheci Ocho Rio na Jamaica. Nadei com golfinhos, uma experiência única. Eu tinha nadado com o golfinho Lucas em Malta no ano passado mas era numa piscina. Dessa vez foi no mar, tipo numa mini baía. Muito mais legal estar com os golfinhos em seu habitat natural! Eles são tão dóceis, inteligentes... Dei até beijo na “golfinha“!!! Depois da Jamaica voltamos para Grand Cayman, onde conheci melhor George Town. As ilhas Cayman são um paraíso fiscal, eles vivem dos bancos e do turismo. A água, como em todos os lugares pelo Caribe, é transparente... Lá tem uma formação rochosa que quando o sol bate parece o inferno, uma viagem! E por isso o nome do lugar é Hell! Fui até lá e mandei um cartão postal para a mãe e toda família Teixeira do Inferno = Hell. Passei pela frente de vários condomínios de luxo, inclusive um cujo o segundo andar todo é do Bill Gates. Só propriedades de gente bem humilde... De tarde fui nada com as arraias, num lugar cerca de meia hora afastada da praia, um banco de areia no meio do oceano, a coisa mais linda! As arraias vem, deixam a gente tocar nelas, fazem massagem nas costas das pessoas, uma loucura! Ai esse cruzeiro acabou, não consegui passear no dia que paramos em Miami, porque estava trabalhando, mas amanhã estaremos lá de novo e vou até o centro fazer umas comprinhas. Tenho que ir com dinheiro contado, porque tenho certeza que se levar muito dinheiro vou querer torrar tudo! E o objetivo desse contrato é gastar menos, juntar dinheiro e aproveitar as excursões que posso fazer de graça. Esse cruzeiro que estamos agora é só de quatro dias, o mesmo itinerário do cruzeiro que fiz com o pai: Miami, Key West e Cozumel. Em Key West fiz um passeio de trem para conhecer toda cidade e depois fiz uma degustação de comidas típicas, pimenta, frutos do mar e torta de limão, um delícia. Key West é super charmosa, as pessoas são alegres, o lugar tem uma energia legal. Ontem estava no México! O navio parou na ilha de Cozumel e de lá peguei um ferry, que balançava tanto quanto o catamarã que vai para Morro de São Paulo, até Playa Del Carmen. Mais 45 minutos até Tulum, do lado oposto de Cancun e cheguei nas ruínas Maias. O guia era ótimo, deu uma aula de história mostrando as ruínas e explicando sobre a cultura estranha dos Maias. A vista do alto onde eles construíram sua “cidade” é linda, as pedras, o mar de água cristalina... De lá parti com o grupo para uma praia super tranqüila, onde comi comida mexicana, mas mexicana de verdade, feita no México! Tão bom... Estava rolando um casamento na beira da praia, tipo aqueles que toda guria sonha em ter, a decoração toda branca, os padrinhos com flores tropicais na roupa, os noivos com cara de apaixonados, super romântico. Claro que eram todos americanos, cheios do dinheiro, Imagina eu querer casar no Caribe, ia ter que fretar uns dois aviões para levar toda a família e os amigos juntos... Um casamento na igreja ali da Santa Flora é mais próximo da minha realidade, neh?! Voltei para Cozumel já de noite, os bares bombando, gente jovem, bonita, animada. Deu uma vontade de ficar por lá! Próxima vez que for a Cozumel quero ir para uma dessas praias animadas. Hoje estamos em alto mar, dia difícil, o navio continua balançando e a sensação de enjôo não passa! Tenho olhado os meus e-mails e o Orkut, mas não consegui parar para responder decentemente a ninguém. Obrigada pelo carinho de todos. Hoje vi um e-mail de uma menina que não conheço que achou o meu blog. Muito legal, ela está indo trabalhar na mesmo posição que eu em navios e gostou do blog, dos meus desabafos. Eu adoro escrever, quem me conhece sabe, e é muito bom saber que pelo menos algumas pessoas gostam de ler o que sai dessa cabecinha confusa. Trabalhar a bordo me faz ter muito temo ocioso para pensar, me sinto sozinha, sem pessoas próximas para conversar. Escrever me acalma e ainda me permite compartilhar esse momentos que tenho vivido por aqui com aqueles que sentem a minha falta. Conheci uma America que é massagista no navio. Fomos nadar com os golfinhos juntas e depois disso andamos conversando por algumas horas. Apesar da empresa que trabalho ser America existem poucos americanos trabalhando a bordo e ela é uma. Talvez a America mais normal que eu tenha conhecido até hoje. Porque os outros que trabalham aqui são músicos meio alternativos, os dançarinos cheios de sim e com a cabeça oca... Essa menina é legal, falei para ela que as vezes me sentia um pouco sozinha e ela me deu toda uma explicação sobre porque os americanos e europeus são mais frios e os latinos mais queridos. Coisas que todo mundo já parou para pensar na vida, mas ouvir alguém falando disso me fez viajar e me fez ter certeza mais uma vez que não importa por onde eu ande, quantas culturas eu conheça, ser brasileiro não tem preço!

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